A 24 de Setembro de 1996, aquando da Constituição do Grande Capítulo de Maçons do Arco Real de Portugal, foi estabelecido um relacionamento muito amigo entre o Grande Sumo Sacerdote da Alemanha, Excelentíssimo Companheiro Charles Hunsucker e o então Grande Viandante Principal de Portugal (J.V.). Deste modo, não obstante a expectativa com que as potências estrangeiras olhavam para a Maçonaria Portuguesa após a crise iniciada no final de 1996, o Grande Capítulo da Alemanha enviou um convite a J. V. para participar na Convenção Anual de 26 de Abril, em Badkissigen.
Por feliz coincidência, J. V. viria a ser eleito Grande Sumo Sacerdote do Supremo Grande Capítulo do Arco Real de Portugal (SGCARP) na I Convenção, realizada a 19 de Abril de 1997, pelo que, poucos dias depois, acompanhado pelo Grande Rei e pelo Grande Secretário, foi recebido com as maiores honras na Grande Convenção da Alemanha. Aí tiveram lugar os primeiros contactos para a introdução dos Graus Crípticos e das Ordens Cavaleirescas do Rito de York em Portugal.
O facto de Charles Hunsucker acumular as funções de Grande Sumo Sacerdote, de Ilustríssimo Grão Mestre do Grande Conselho Críptico da Alemanha e de Deputy General Grand Master for Europe do General Grand Council International, facilitou muito o processo, zelosamente dinamizado por Robert Simpson, Grande Secretário e Grande Arquivista da Alemanha (que estivera também em Lisboa em Setembro de 1996).
A 13 de Junho de 1997, Charles Hunsucker, Ward Williamson (então Grande Escriba que sucederia a Hunsucker em 1998), Robert Simpson e Richard Williamson (Companheiro do Grande Capítulo da Califórnia e pai de Ward Williamson) deslocam-se a Lisboa para saudarem trinta e dois Companheiros do Arco Real nos Graus Crípticos. Nesse dia, o Ilustríssimo Grão Mestre da Alemanha concedeu duas Dispensas para os Companheiros portugueses poderem reunir-se e atribuírem os Graus Crípticos através do Mosteiro Flor da Rosa, Conselho No. 19 e Mosteiro de Santa Cruz, Conselho No. 20, instalando os respectivos oficiais.
A 24 de Abril de 1998, na Assembleia Anual do Grande Conselho da Alemanha, os Ilustres Mestres do Mosteiro Flor da Rosa, Conselho No. 19 e do Mosteiro de Santa Cruz, Conselho No. 20, foram iniciados na Ordem da Trolha de Prata, recebendo o grau honorário de Três Vezes Ilustre Mestre. Um deles viria a ser nomeado Oficial da Ordem para o novo ano.
Na Grande Assembleia de 1998, foi entregue nova Dispensa aos Companheiros portugueses, visando a criação do Mosteiro de S. Bartolomeu, Conselho No. 21, a qual foi assinada ainda pelo Ilustríssimo Companheiro Charles Hunsucker, que estando gravemente enfermo, acabaria por não estar presente. A Dispensa viria a ser entregue pelo novo Grão Mestre Ward Williamson na presença do General Grand Master of the General Grand Council of Cryptic Masons International, Most Puissant Companion Orwille E. Wesseler.
Obteve-se, assim, uma das condições para a criação do Grande Conselho: a existência de, pelo menos, três Conselhos a trabalharem regularmente. A presença do General Grand Master permitiu acordar desde logo a Criação do Grande Conselho de Maçons Crípticos de Portugal. Este viria a designar-se Grande Conselho de Mestres Reais e Escolhidos de Portugal e seria constituído por Carta Patente assinada pelo Poderosíssimo Grão Mestre E. Wesseler a 1 de Setembro de 1998.
A 19 de Setembro de 1998, na cerimónia constitutiva realizada no Palácio Pancas Palha, em Lisboa, estiveram presentes para além do General Grand Master, o General Grand King do General Grand Chapter of Royal Arch Masons International, o Most Excellent Companion William Schoene, bem como as delegações da Alemanha, da Itália, do Maryland e do Missouri.
A 13 de Março de 1999, na I Assembleia Anual do Grande Conselho de Mestres Reais e Escolhidos de Portugal realizada na Praia Grande, em Colares, foram aprovadas as Leis, o Hino e o Estandarte do Grande Conselho de Portugal.
Desde então, o Grande Conselho de Mestres Reais e Escolhidos de Portugal desenvolve as mais fraternas relações com todos os Grandes Conselhos Crípticos regulares do mundo, de modo a que os pilares da Maçonaria Críptica - a Fé, a Esperança e a Caridade - sejam amplamente difundidos e fortalecidos pelos laços da Integridade, Unidade e Harmonia do Rito Críptico, fortalecendo também o cimento da Amizade e Amor Fraternal que une e marca todos os Companheiros da Abóbada Secreta espalhados por todo o globo. O Grande Conselho de Mestres Reais e Escolhidos de Portugal, única potência maçónica críptica regular em Portugal, é membro, desde a sua criação, do General Grand Council of Cryptic Masons International e é reconhecido por dezenas de Grandes Jurisdições Crípticas em todo o mundo.
Desde a fundação do Mosteiro de São Bartolomeu, Conselho No. 3, na Guarda, em 24 de Abril de 1998, foram constituídos até hoje os seguintes Conselhos: Mosteiro da Ordem de Santiago, Conselho No. 5, em Lisboa; o Mosteiro São João de Deus, Conselho No. 9, em Albufeira; o Mosteiro de São João de Tarouca, Conselho No. 10, em Lisboa, o Mosteiro da Cartuxa, Conselho No. 11, também em Lisboa, o Mosteiro de Santa Clara-aVelha, Conselho No. 12, em Coimbra, o Mosteiro de São João Novo, Conselho No. 14, no Porto, e o Mosteiro Ordem de Cristo, No. 15, em Tomar, Conselhos que muito contribuíram e continuam a contribuir para o crescimento e desenvolvimento da Maçonaria Críptica em Portugal.