Ordem da Trolha de Prata (Três Vezes Ilustre Mestre)
A Ordem da Trolha de Prata é um grau concedido a Três Vezes Ilustres Mestres eleitos, Ilustres Mestres instalados ou Antigos Ilustres Mestres de Conselhos de Maçons Crípticos ou de Mestres Reais e Escolhidos. É baseado na história bíblica da unção de Salomão como Rei de Israel para suceder no trono ao seu pai, o rei David. As Cartas Patentes para os Grandes Conselhos da Ordem da Trolha de Prata são emitidas pelo Grande Conselho da Carolina do Norte como custódio do grau.
Este é um grau lateral, ou “chair degree”, e é conferido, geralmente, durante o período da Assembleia do Grande Conselho. Consiste em duas secções, onde o candidato representa o jovem Rei Salomão.
Na primeira secção, o candidato fica a saber da conspiração do seu meio-irmão Adonias para destronar o rei Salomão. E descobre também que a mãe, Bathsheba, na tentativa de evitar a conspiração, intercede junto ao idoso e enfermo Rei David. Depois de garantir a aprovação de David, Salomão é simbolicamente conduzido a Gihon por Benaiah, onde é devidamente obrigado, ungido e saudado como Rei por Natan, o profeta, e Zadok, o Sumo Sacerdote.
Na segunda secção, o rei, recém-ungido, é apresentado a seu pai David, que, nos seus últimos momentos de vida, o instruí na sabedoria moral e o aconselha a governar com rectidão e a servir o Senhor com todas as suas forças.
Após o consentimento de Salomão, o rei David expira.
Originalmente, americano, o Grau da Trolha de Prata, também conhecido como Ordem dos Reis Ungidos, tem origem em diversas jurisdições estaduais nos Estados Unidos da América de Mestres Reais e Escolhidos.
Em Inglaterra, no ano de 2009, o Grão Mestre, M. Ill. Companion J. Alan Wright, introduziu no Rito Inglês o grau de Três Vezes Ilustre Mestre (normalmente referido como a Ordem da Trolha de Prata), tendo ele mesmo recebido o grau na América. A adesão a esta ordem é conferida dentro de Conselhos de Mestres Instalados expressamente autorizados, em um número muito limitado como uma recompensa especial por mérito. A aprovação para que seja conferida a qualquer Ilustre Companheiro individual cabe ao próprio Grão-Mestre, por recomendação de um Grão-Mestre Distrital.
O Grão-Mestre decide também o número total de recomendações que um Grão-Mestre Distrital pode fazer em qualquer ano. O grau é anterior aos outros graus da Ordem, cobrindo, como já mencionámos, os dias finais e agonizantes do Rei David e o seu desejo de que seu filho Salomão fosse ungido Rei depois dele.
Seguindo um recente acordo entre o Grande Conselho e o Supremo Capítulo do Arco Real da Escócia, os destinatários da Ordem da Trolha de Prata podem posteriormente ser indicados para o grau de Excelente Mestre, agora introduzido no Rito Inglês para completar o complemento inicial de graus. De maneira semelhante à Ordem da Trolha de Prata, as recomendações são feitas pelo Grão-Mestre do Distrito, directamente ao Grão-Mestre, em um número muito limitado.
V.Ill. Comp. Lim Boon Par, P.G.Lecturer, Selangor Council No.102
V.Ill Comp. John S. Butler, Grand Masters Council No.1
O Grafton Council No. 16 foi, especificamente, consagrado para o trabalho no Grau para toda a jurisdição. No entanto, mais tarde, foi decidido que o Grau seria trabalhado nos Conselhos de Antigos Mestres da Ordem.
Em Inglaterra, a Ordem da Trolha de Prata é praticada como um complemento da Ordem dos Mestres Reais e Escolhidos, não como uma Ordem separada, mas como uma recompensa especial por mérito e conferida em número muito limitado. O requisito básico, como já foi afirmado, é que o candidato deve ser um Antigo Mestre de um Conselho de Mestres Reais e Escolhidos.
A regalia consiste numa espátula de prata contrastada, que é fixada na aba de um avental de Mestre Real e Escolhido, apontando para baixo.
A versão em inglês do Grau foi adaptada tendo em conta rituais de vários Estados e não faz parte da série de eventos comemorados nos quatro Graus de Mestres Reais e Escolhidos, mas relaciona-se com os reinados do Rei David e do seu filho, o Rei Salomão. Participar requer um ritual considerável - até mesmo trabalho de actor, já que a cerimónia é muito dramática, culminando numa reviravolta, improvável de ter sido testemunhada alguma vez numa outra qualquer cerimónia maçónica.